segunda-feira, 23 de março de 2015

Informações:
Autora: Amy Harmon
Editora: Createspace
Páginas: 271
Ano: 2014
Nota: 5/5 (Recomendo)








Comecei minha leitura sem grandes expectativas, apenas um livro pra se passar o tempo. Um livro que começou sem nenhum interesse, mas no final se transformou em um livro de lições tão maravilhoso e singelo que escrever está resenha me transporta as sensações maravilhosas que este livro me motivou. Um livro que com toda certeza deve ser resenhado. 

CAPA e ORTOGRAFIA

Estes dois itens são difíceis de serem resenhados por dois motivos: O livro não foi lançado no Brasil e a leitura ocorreu em formato digital. A capa que ilustra esta resenha é a apresentada no livro digital lido por mim, e foi algo que não me desagradou. A arte da capa representa a agonia e a vergonha que o personagem sente em relação a sua imagem. A ortografia também não me desagradou e se transformou em um ponto positivo.

ENREDO

O interessante de Making Faces foi abordar temas tão ricos em detalhes e histórias, mas proporcionar a nós sempre de forma sutil e ao mesmo tempo tão cheio de sentimentos. O assunto sobre guerra, doenças degenerativas, discriminação, violência doméstica e beleza tanto interior quanto exterior são proporcionados ao leitor não com uma grande complexidade como relatados em outras obras, mas como disse anteriormente, de forma sutil e simples e que de certa forma retrata a realidade de pessoas que vivem estas situações inseridas em suas vidas ao quais estes acontecimentos se tornam algo normal.

Amy Harmon apresenta aos leitores um típico personagem e seus amigos de uma cidade pequena vistos pelos moradores como os garotos prodígios, algo abordado em tantos outros livros e que justamente durante a leitura pensei que se tornariam apenas mais um. O que felizmente não ocorre.

Através do acontecimento central que é a guerra gerada após o 11 de setembro ao quais estes amigos decidem ir juntos proporciona a ramificação para tantas outras estórias do livro e tantos outros personagens que possuem tantos conflitos.

Sabe aquele livro que você lê que te força a pensar na sua vida e faz seu coração se apertar no peito? Este livro é Making Faces. Não me agrada muito livros romanticamente dramáticos, estilo Nicholas Sparks ao qual li uma vez e me traumatizou, mas Making Faces possui um romance e drama sutil presentes nas páginas sem se tornarem o foco de cada capítulo. 

Não possui uma escrita bem elaborada de um jeito glamoroso e talvez isso seja um ponto negativo, mas não deixa de mostrar o potencial da autora e do livro. Este potencial que me fez chorar no desfecho do livro, não apenas por acontecimentos ocorridos aos personagens, mas pelos desejos e tristezas e felicidade, enfim, que cada um sentia. Se Making Faces fosse resumida em palavras, a mim seriam: Sutil, direto, reflexão, sentimentos e ensinamentos. 

PERSONAGENS

É esperado que se comece resenhando sobre os protagonistas desta estória aos quais seriam Ambrose Young e Fern Taylor, mas vou começar por um personagem que me trouxe tristeza, raiva, alegria, lágrimas, reflexão e tantos ensinamentos e para mim se destacou como outro protagonista desta estória singela: Bailey Sheen. Portador de uma doença chamada distrofia muscular de Dushenne ao qual se espera dos portadores pouco tempo de vida, até os 21 anos como citado no livro. Bailey é um personagem que não apenas supera a medicina, mas muitas dificuldades ao longo da vida, do cotidiano que para nós são ações tão simples e ainda ser tão cheio de vida e tão feliz que se proporciona em um personagem bondoso, obstinado, feliz, generoso e muito mais. A mim ele é a vida do livro. 

Fern Taylor é a típica patinha feia dos livros que acaba por se transformar em uma mulher maravilhosa, com uma beleza tanto exterior quanto interior sendo este sempre presente na personagem. Fern é uma personagem tão pura que podemos ver isso através da forma como ela ama e cuida tão devotamente seu primo Bailey que chega a ser até uma forma maternal.

Ambrose Young era venerado pela população da sua cidade que através de uma decisão vê isso ser totalmente mudado. O príncipe que se transforma em Frankenstein, mas que através de Ambrose e Bailey descobre novos significados da vida e aprende a superar novos medos e a culpa que ele passa a carregar.


Making Faces será publica pela Verus ainda sem uma data para o lançamento, mas sei que estarei entre as primeiras na fila para comprar. Terminando está resenha sinto novamente minha garganta e meu coração apertar, meus olhas arderem: Acho que essas emoções revividas através de uma resenha transmitem o quanto este livro vale a pena ser lido.

QUOTES

— E então nós suportamos. Temos fé de que há um propósito. Esperamos pelas coisas que não podemos ver. Acreditamos que há lições na perda, poder no amor, e que temos dentro de nós o potencial de uma beleza tão magnífica que o nosso corpo não pode contê-la. 
PÁGINA 267


— Eu me senti como um bad boy fazendo uma tatuagem. Mas eu não fiz isso para ser fodona. Eu só fiz isso porque eu queria... Eu queria mantê-lo perto de mim. E pensei que eu deveria fazer... Escrever-lhe em meu coração. 

PÁGINA 260




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